Nova resolução da ANS amplia o número de procedimentos a serem cobertos, entre eles a cirurgia por videolaparoscopia para pessoas com obesidade mórbida. Em Manaus, mesmo antes da normatização, a cirurgia era autorizada pelos planos.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou nesta terça-feira (2), uma resolução que determina a ampliação do número de procedimentos obrigatórios a serem cobertos pelos planos de saúde. Entre eles está a cirurgia bariátrica por videolaparoscopia. A determinação entre em vigor a partir do primeiro dia de 2012.
Alguns pacientes diagnosticados com obesidade mórbida encontram dificuldades para ter a liberação nos planos de saúde, mesmo com a indicação dos médicos. A cirurgia por vídeo, como também é conhecida, tem um custo mais elevado se comparada com a método convencional, em que há uma incisão maior no paciente.
“A decisão de fazer o procedimento pelo método convencional ou por videolaparoscopia cabe ao médico, que tem o dever de oferecer sempre ao paciente a melhor técnica disponível”, pondera presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Dr. Ricardo Cohen.
Realidade em Manaus
A obrigatoriedade imposta pela ANS não deve influenciar muito a realidade vivida em Manaus.
De acordo com o médico cirurgião, especialista em aparelho digestivo, Dr. Sidney Chalub, os planos de saúde da capital amazonense já autorizavam a cirurgia por vídeo.
“Em Manaus já é feito há bastante tempo, de forma rotineira. Hoje eles já liberaram isso. Mesmo a vídeo tendo o custo é maior”, disse.
O método
A cirurgia bariátrica, ou de redução do estômago, pode ser feita pelo método convencional – pelo qual é preciso abrir o abdômen do paciente, deixando uma cicatriz com cerca de 10 cm –, ou por videolaparoscopia.
A cirurgia por vídeo é um procedimento menos invasivo, o médico precisa fazer cerca de 5 mini-incisões de com cerca de 0,5cm cada uma e usar cânulas e uma câmera de vídeo. “Há autores que descrevem uma melhor recuperação, não se trata de ser um procedimento melhor. A diferença é que o grampeador usado é mais oneroso”, explica Chalub.
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