Reunião “Cirurgia e Obesidade”
8 de maio de 2012, às 20h Auditório Austregésilo de Athayde – Térreo – Parlamundi da LBV SGAS 915 Sul Info: Alessandra 7814 3170


terça-feira, 19 de julho de 2011

A obesidade que não se vê

19/07/2011 - 08:29
http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=165709

Mesmo a obesidade leve pode colocar a saúde em risco. É a chamada Obesidade Maligna. Saiba mais sobre o assunto.

O termo obesidade mórbida já é conhecido pela população para designar a gordura corporal excessiva, que traz consequências para sua saúde. São pessoas com índice de massa corpórea (IMC) maior que 35 kg/m² com doenças associadas ou acima de 40 kg/m². Porém, um novo conceito tem chamado atenção dos médicos: a obesidade maligna. Esses indivíduos podem ter IMC a partir ou ao redor de 30 kg/m², caracterizando obesidade leve, mas sofrem com as doenças agravadas pelo excesso de peso, principalmente diabetes e hipertensão. São casos em que a gravidade das doenças associadas não tem relação direta com o IMC. É como ser aparentemente magro, porém com problemas de saúde típicos dos obesos. Estudos demonstram que a cirurgia bariátrica pode ser uma opção para quem está nesse estágio e não consegue mais tratar o problema apenas com remédios.

As normas nacionais e internacionais em vigor atualmente indicam a cirurgia bariátrica como opção de tratamento somente para pacientes com obesidade mórbida. Contudo uma nova diretriz da Federação Internacional de Diabetes publicada em março deste ano, com o apoio de mais de 200 entidades de 160 países, recomenda que esse parâmetro baixe para 30 kg/m² de IMC, se a pessoa for diabética ou tiver predisposição à doença, principalmente na presença de fatores de risco cardiovascular. A adoção desse novo critério permitiria que o portador de obesidade maligna tivesse a cirurgia como uma das opções de tratamento.

O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Dr. Ricardo Cohen, afirma que o objetivo é o controle das doenças e nada tem a ver com questões estéticas. "Queremos beneficiar aquele paciente em que o excesso de peso em si não é tão problemático, mas sim as doenças associadas", explica. Essa mudança pode ainda evitar casos em que o paciente decida engordar propositalmente apenas para entrar no peso padrão da cirurgia, o que é extremamente perigoso para sua saúde.

Segundo o Dr. Cohen, a tendência é que o IMC deixe de ser o parâmetro mais importante para determinar indicação da cirurgia bariátrica, dando lugar à avaliação clínica global do paciente. Estudos da literatura médica internacional demonstram que o índice de mortalidade em decorrência do diabetes não tem relação com o IMC elevado e os primeiros sinais da doença podem aparecer mesmo em pessoas mais magras. "Isso significa que, apesar de visivelmente saudáveis, essas pessoas possuem excesso de gordura maligna, que pode esconder diversas doenças", completa.

Como reconhecer a obesidade maligna-A obesidade maligna pode ser reconhecida pelo excesso de peso e pelos sintomas da síndrome metabólica, problema caracterizado pelo excesso de gordura abdominal e importante fator de risco para o diabetes. As principais características são: .IMC em torno de 30 kg/m² ou mais |.medida da cintura maior que 102 cm para homens e 88 cm para mulheres|.alteração da glicemia |.excesso de ácido úrico |.hipertensão arterial |.triglicérides acima de 150 mg/dl|. HDL (colesterol bom) abaixo de 50 mg/dl para homens e 40 mg/dl para mulheres.

.[Obs.: O IMC é calculado dividindo-se o peso pelo quadrado da altura (IMC = peso/altura²). A cintura pode ser medida com uma fita métrica comum. A glicemia, o ácido úrico, o triglicérides e o HDL são avaliados por exames de laboratório pedidos pelo médico. A pressão arterial pode ser aferida pelo profissional de saúde com aparelho apropriado].

Perfil-A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica - SBCBM é a entidade que congrega os médicos especialistas no tratamento cirúrgico da obesidade. Tem como objetivo disseminar conhecimento sobre os diversos tipos de intervenções cirúrgicas, tanto para profissionais de saúde quanto para a população em geral. A SBCBM também trabalha para promover a inovação na cirurgia bariátrica e incentivar o uso de técnicas avançadas, minimamente invasivas e mais eficazes, permitindo o acesso a um maior número de pacientes.[http://www.sbcbm.org.br].

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